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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Vozes do pensar


Perdida no labirinto, imposto pelos pensamentos
O corpo largado, inerte
Entregue ao silêncio, na penumbra do meu ser
Deixando o vento beijar minha face
Percebo a dor em sua proporção 
Ao longe, ouço o ciciar de outras vidas espalhados pelo ar
Como se cuspissem palavras ao vento
Sem a pressa do sentido, sem rumo
Que quase não se nota, não fosse através do silêncio
Que num grito mudo, de súplica
Tomou para si, toda minh'alma
Deixando de fora, o barulho do pulsar
Emudeceram-se as vozes do pensamento
Uma única prova da minha existência resiste
A respiração, agora calma e comedida
Envolvida pelo silêncio que me veste inteira
Despida de qualquer preocupação
Me deixei ficar nos braços da calmaria
Sem lembrar, ao menos, que doeu um dia
O infortúnio de um grande amor.




3 comentários:

  1. o pensamento será sempre um labirinto onde nos perdemos e nos encontramos.

    belo poema.
    beijinho e bom fim de semana

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  2. Apesar de ter doido um dia, ainda bem que já viveste um grande amor!

    No nosso baú chamado pensamento, caberão sempre os nossos maiores tesouros, as recordações!

    Bom fim de semana! Beijinhos!

    ResponderExcluir
  3. Mas que linda poesia, aqui há poeta!
    Bom fim de semana
    Bjs

    ResponderExcluir

Venha confiar-me tuas palavras
Deixe-me envolver o teu pensar
Posso até tocar teu coração, mas
A tua presença, será como um abraço na alma.