Calei-me enrubescida
diante da vergonha que
doía em boca do estômago
e ainda tonta,
desapontada encolhí-me ao olhar
grossas lágrimas
que provoquei
nos olhos do meu irmão
franzino, miúdo
mas suportava na alma
o peso da miséria
fábrica de fome
moendo impiedosa
a dignidade que
hoje é só sonho
a cada lágrima
um grito
na dor crescente
da consciência
que não deixá-me
sentir outra coisa
senão culpa
impotência
vozes do silêncio
em rasgos da alma
Por mais que nós gritemos, eles não nos ouvem,
ResponderExcluirBeijinho*
VAL..
ResponderExcluircomo é forte o grito da fome!!!
por quanto tempo ainda veremos coisas assim???
quantas crianças ainda morreraõ de fome por conta da ganancia e do desamor???
fico triste, mas o poema é profundo.
tenha um fds de paz.
bjuivos no coração.
loba.
Até quando iremos sentir a indiferença desta sociedade perante a maior das vergonhas da Humanidade????
ResponderExcluirTens um coração enorme Valéria!
Beijos, querida!
AL
Fica a revolta.
ResponderExcluirBjs
Lembrei de Caetano..gente é pra brilhar, não pra morrer de fome. Lamentável!!
ResponderExcluirVal, minha irmã querida...sempre genial. Beijooos
Aii, amiga!
ResponderExcluirDifícil não chorar e lamentar diante de um quadro desses,
muito triste!
Grande é a sua sensibilidade!
(Adorei ver o selinho alí do lado!)
Bjs querida!
є ѕ t є я
Caramba!!! Que texto!!!
ResponderExcluirE olhe que depois de colocar um post sobre anorexia, que eu vim ler seu poema...
Está é uma verdadeira confissão de um ser necessitado e sem esperança.
Parabéns...
Bjsss
Hubner Braz (Confissões Insanas)
sentimo-nos impotentes perante esta dura realidade
ResponderExcluirbeijo e boa semana
Existem silencios lancinantes...
ResponderExcluirA fome é frágil, facilmente saciada.
ResponderExcluirMas quando assim não querem é insistente,
alimentando somente as ilusões sem fim.
Também cito Caetano.
"Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome"
"Gente espelho da vida, doce mistério".
Fica nossa revolta e desejo de que não seja só em nossos pratos que esteja o alimento de todo dia. Um futuro que alimentaremos a bondade humana.
Beijos!