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sábado, 26 de junho de 2010

Meus próprios demônios


Vem chegando de mansinho, quase não se percebe
Quando dou por conta, se fez dona da situação
Arranca-me as forças
 Arrastando-me através da escuridão
O corpo reclama, como se respondesse a dor de mil punhaladas
Impossível fazer parar o rio que escorre dos olhos
É uma dor funda
Feito mão arrancando o coração ainda vivo
Feito unhas entrando na carne
Como dentes afiados a mastigar os rins
Logo me esqueço das cores, do calor do sol
Entregue à amargura da dor que me toma
Tão fundo, tão forte
Vontade apenas de..., nem sei
O sono abre buracos entre os pensamentos
Aos poucos, sinto o peso do pensar
São os meus próprios demônios que escapam ao controle
O rio a correr desinibido, pelo olhar já sem brilho
E assim me deixo ficar
Aninhada na escuridão do desalinho
Sem ouvir, entender ou explicar
Ausente, muda, inerte
Já morta de dor, mas viva à sofrer.






7 comentários:

  1. Olá Valéria;Um post cheio de dor e sofrimento muito bem escrito depois nos Marcadores escreveste Poemas depressão, é o poema que está com depressão ou a menina que escreveu, que anda deprimida, Valéria se é voce menina tudo se cura, apenas temos que dar uma forcinha, eu já andei com uma depressão mas ao fim de tres meses disse para mim mesmo isto tem que acabar e acabou mesmo não foi logo mas só andei 8meses porque tinha começado a tomar medicamento e não podia deixar logo de uma vez.
    UM BEIJO
    sANTA cRUZ

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  2. Váleria,

    O seu poema é intricante, comovente, e envolve o leitor a um profundo sentimento de reflexão existêncial.

    Sempre me pergunto. Por que os chineses choram quando alguem nasce, e faz festa quando alguem morre?

    Na verdade, sabemos que o mundo é um rio, não podemos mudar o curso final, póis o mar espera. Mas podemos mudar o curso dele.

    E a felicidade está intimamente ligado ao sofrimento, por incrivél que possa parecer... ela está ligada.

    Bjs Váleria e obrigado por tudo.

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  3. Olá Valéria, este poema retrata bem um pesadelo. A palavra nightmare, que em língua inglesa significa "pesadelo" dizia respeito, há quatrocentos anos, exactamente a um demónio (os incubus) que vinha e sufocava as pessoas enquanto dormiam.

    Tenha um bom Domingo e receba um beijinho com amizade.

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  4. Valéria...

    Afasta as sombras, procura o caminho onde o sol acende a paisagem!
    E se for noite, deixa que o luar envolva o teu corpo... sentirás uma constelação de estrelas caindo sobre a tua pele...

    Beijosss
    AL

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  5. Que esse pesadelo termine rápido ou terei que ser eu a expulsa-lo de si.

    Beijinho*

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  6. O importante disso tudo é que está viva, e viva para escrever esse deslumbre, afasta esses demônios, aproxima-se dos anjos. Viva para amar, amar a vida que lhe foi dada.
    Beijos

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  7. Porque é que temos que viver e sobreviver rodedaos de demónios.
    um abraço
    tulipa

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